Nesta primavera, uma nova campanha está em andamento na Rússia para recrutar soldados. Recorde-se que a mobilização anterior, em setembro, de 300.000 reservistas – anunciado como recrutamento “parcial” – causou reações internacionais.
O Kremlin nega que outro recrutamento esteja planejado, mas o governo está tentando recrutar voluntários em estações de recrutamento improvisadas instaladas em várias regiões ou por meio de telefonemas. Assim, o governo russo está tentando “evitar uma segunda onda oficial de mobilização”, de acordo com um relatório recente do Instituto para o Estudo da Guerra.
A mídia russa relata que homens em todo o país recebem intimações de cartórios de registro e alistamento militar. Na maioria dos casos, os homens são simplesmente solicitados a atualizar suas credenciais; em outros casos, são obrigados a passar por treinamento militar.
Os anúncios apareceram em sites do governo e contas de mídia social de agências e organizações governamentais.
Um deles, publicado pela administração municipal na região de Yaroslavl, promete um pagamento único de cerca de $ 3.800 pelo registro e, se enviado à Ucrânia, um salário mensal de até $ 2.500, mais cerca de $ 100 por dia para “participação ativa operações ofensivas” e $ 650 “por cada quilômetro de avanço como parte dos grupos de assalto”.
De acordo com a legislação vigente no país, todos os homens russos de 18 a 27 anos são obrigados a servir um ano no exército, mas um número significativo evita o recrutamento por motivos de saúde ou recebe um adiamento de estudos.
De acordo com uma analista do Instituto para o Estudo da Guerra, a campanha atual é semelhante à que foi realizada no verão passado, antes do recrutamento de setembro.
Então as autoridades também usaram incentivos financeiros, e alguns batalhões de “voluntários” foram formados, mas esses esforços não tiveram sucesso, então Putin acabou recorrendo à mobilização parcial.
Se essa tentativa será bem-sucedida ou não, ainda não está claro.