O enviado da oposição de Mianmar às Nações Unidas apelou na quinta-feira por uma ação internacional para proteger os civis em seu país depois que a junta militar realizou ataques aéreos mortais nesta semana contra aldeões no noroeste de Mianmar.
“Em nome do povo de Mianmar, apelo novamente à comunidade internacional, especialmente ao Conselho de Segurança da ONU, para tomar ações decisivas para salvar vidas do povo de Mianmar, para acabar com a impunidade militar e evitar mais desestabilização da região, ” Kyaw Moe Tun disse a repórteres na quinta-feira.
Ele disse que pelo menos 168 pessoas – incluindo mais de 30 crianças, um bebê de 6 meses e 27 mulheres – foram mortas. O Serviço Birmanês da VOA confirmou os números de vítimas de testemunhas no terreno. Os relatórios iniciais colocaram o número de mortos em cerca de 100 pessoas.
“Os corpos de algumas vítimas foram tão queimados e destruídos que a identificação visual não foi possível”, disse o enviado da oposição de Mianmar. “Esses crimes hediondos da junta claramente constituem crimes de guerra e crimes contra a humanidade.”
A junta governante de Mianmar confirmou que realizou ataques aéreos na terça-feira na vila de Pazigyi, na região de Sagaing, onde as forças da oposição estavam realizando uma cerimônia.
O Governo de Unidade Nacional de Mianmar, um órgão paralelo dominado por ex-parlamentares do partido de Suu Kyi, twittou um gráfico na sexta-feira com um total de 168 mortes.