Passagem do ciclone Freddy pela África deixa quase 50 mortes

Passagem do ciclone Freddy pela África deixa quase 50 mortes

 

Freddy ao tocar solo em Moçambique ontem

O número de mortes devido à passagem do ciclone Freddy pelo sudeste da África já chega a quase 50. Quando tocou solo em Madagascar em 21 de fevereiro, o sistema deixou pelo caminho 17 fatalidades. Em Moçambique, onde tocou terra em 24 de fevereiro e novamente ontem, já são 28 óbitos.

Também há ao menos três pessoas ainda desaparecidas em Madagascar.

Freddy é o ciclone mais duradouro jamais registrado.

Em Moçambique

O portal Relief da ONU alertava ontem que em Moçambique, após o primeiro desembarque de Freddy no continente, “mais de 22.000 casas foram afetadas, quase 14.000 foram destruídas, 60 unidades de saúde foram inundadas, 1.265 km de estradas foram danificadas” e “92.000 hectares de plantações foram afetados, inclusive em áreas onde 400.000 pessoas já sofrem de insegurança alimentar”.

8.318 casos de cólera também foram registrados em 31 distritos moçambicanos.

Em Madagascar

Segundo o Relief, 299.000 pessoas foram afetadas (226.000 no sudeste e mais de 72.600 no sudoeste) e ao menos 72.700 tiveram que deixar suas casas, devido às enchentes ou porque as residências foram destruídas pelos fortes ventos associados ao sistema.

A histórida de Freddy

Freddy, então ainda sem nome, surgiu como uma perturbação tropical em 03 de fevereiro a noroeste da Austrália e se intensificou rapidamente para um ciclone C1 no dia 06 seguinte, mesmo dia em que foi nomeado. Enquanto serpenteava pelo mar rumo a oeste, ele chegou à categoria máxima na Escala Saffir-Simpson, a categoria 5 (C5), com ventos destrutivos de 250km/h, no dia 15 de fevereiro. Andou então cerca de outros 4.000 quilômetros para alcançar a costa de Madagascar na noite de 21 de fevereiro com ventos de 175km/h. Atravessou o país e desembocou no Canal de Moçambique em 22 de fevereiro como uma depressão. Passou pelo Canal e chegou a Moçambique em 24 de fevereiro, com ventos intensificados de 110km/h. Cruzou o país até entrar no Zimbábue, girou e voltou para o Canal, que atravessou novamente. Depois chegou perto de Toliara, na costa sudoeste de Madagascar, girou novamente e serpenteou pelo Canal rumo à noroeste, até chegar a Quelimane, Moçambique, ontem, com ventos de mais de 100km/h.

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